São Francisco fica situada numa península com mais de 50 quilómetros de comprimento no lado sul do canal que liga a baía de São Francisco a San Pablo, que é transposto pela famosa ponte Golden Gate. As povoações das margens da baía estavam, nos últimos 100 anos, entre os centros mais importantes dos EUA e hoje vivem aí mais de seis milhões de pessoas.

 

Os grandes exploradores do século XVI passaram todos junto à baía. A primeira aportagem de um branco na baía de São Francisco foi efectuada pelo espanhol Gaspar de Portolá, em 1769 e o primeiro colonizador veio sete anos depois, em 1776.

 

Em 1835, a pouco menos de três quilómetros para leste, o inglês William Anthony Richardson fundou a primeira área de desenvolvimento, em Yerba Buena Cove. Após negociações mal sucedidas para aquisição da enseada, em 1846, os EUA ocuparam-na e deram-lhe o nome de São Francisco.

 

Viviam aí menos de 500 pessoas, brancos, negros e índios, mas a população aumentou subitamente com o início da Corrida ao Ouro, em 1849. No espaço de alguns meses, 40.000 pessoas chegaram de navio e outras tantas a pé através das montanhas.

 

Quando foi descoberta prata, dez anos mais tarde, no Nevada, a cidade de duros garimpeiros havia-se tornado numa metrópole empreendedora de banqueiros, especuladores e advogados astutos, com lojas de moda, restaurantes e hotéis caros. O grande terramoto de 18 de Abril de 1906 pôs travão ao crescimento da urbe e destruiu as zonas financeiras. Os incêndios que se seguiram e que grassaram durante quatro dias foram bem mais devastadores, destruindo 28 000 edifícios e deixando sem casa 250 000 pessoas.

 

 

Casas de madeira em Filimore Street

 

Contudo, outro golpe do destino surgiu no decorrer da Segunda Guerra Mundial. Meio milhão de pessoas veio para a cidade trabalhar na indústria de guerra, incluindo 10.000 afro-americanos, que se mudaram para velhos edifícios, de madeira, em Filimore Street, Anteriormente, estes eram ocupados por japoneses, que foram postos sob prisão em 1942.

 

Quando as atraentes e antigas casas foram renovadas, nos anos 80 do século passado, muitos dos pobres afro-americanos tiveram de se mudar para os já sobrelotados bairros de lata, na parte sudeste da cidade.

 

A Japan Town dos dias de hoje fica a uns quarteirões de Fillmore Street. É um pequeno centro financeiro e cultural onde muitos americanos de origem japonesa apenas vêm como turistas.

 

A Chinatown fica mais para leste e é bastante diferente. Com os seus 30 000 habitantes, é considerada a maior comunidade chinesa fora da Ásia. Nas pequenas ruas com placas com nomes em duas línguas, decoradas com lanternas chinesas, é possível experimentar o modo de vida chinês, incluindo a cozinha.

 

Muitos dos chineses ricos vivem agora em North Beach, que, em tempos, foi o bairro italiano e o lugar onde nasceu a beat generation. Esta animada parte da cidade, com os seus clubes nocturnos e muitos bares e cafés, continua a sofrer influência italiana.

 

A Coit Tower, próxima do Telegraph Hill, fornece um panorama geral da cidade e da baía, desde que o tempo esteja bom.

 

Subsistem ainda três linhas dos famosos funiculares que sobem as íngremes colinas da parte nordeste da cidade. Os carros, semelhantes a eléctricos, mas sem motor, foram introduzidos em 1873 e, desde então, tornaram-se um símbolo de São Francisco. São operados por tracção a cabo contínuo, içado por baixo da rua a cerca de 16 quilómetros por hora. Uma visita ao Cable Car Museum, na esquina das ruas Washington e Mason, é gratificante, pois todo o sistema de funiculares é operado a partir daqui. Também se deve ir de carro eléctrico até ao centro de turismo de Fisherman’s Beach, no extremo norte de North Beach. Partem de lá carreiras para Alcatraz, para visitar a prisão mais segura da América entre 1934 e 1963. Deve também apreciar-se o ambiente de parque de diversões e o alvoroço de músicos e palhaços, em especial desde que os leões-marinhos se aquecem ao sol no Cais 39, apesar da confusão e das muitas tentativas para os pôr noutro lugar, tudo isto perante a indiferença dos habitantes da cidade.

 

Recomendações:

Recomendada marcação prévia. Hotéis entre 60 e 200 dólares. Hotéis mais baratos em Chinatown.